terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sem julgo!


Ta certo que é hipocrisia dizer que você nunca se arrepende de nada. Mas do que adiantaria a vida se você não a vivesse?
Que graça teria se você não enfiasse o pé na jaca de vez enquando?
Que graça teria se você não duvidasse da sua capacidade de vez enquando e depois provasse a si mesmo o quanto é capaz?
Que graça teria se você não bebesse todas na noite, por que perdeu a pessoa amada?
Que graça teria se você não brigasse ou se desentedesse com sua família, fugisse de casa e depois voltasse e os encontrasse com os braços abertos pra te receber?
Que graça a vida teria se você não saisse pra balada com os amigos, tomasse um porre e no dia seguinte ligasse pra cada um deles desesperadamente perguntando como foi parar em casa e todas as coisas que aprontou?
Que graça teria se você de vez enquando não mandasse aquela pessoa chata tomar bem longe mesmo sabendo dos riscos que isso causaria?
Que graça teria se de vez enquando você não mandasse aquela mensagem pra um ex dizendo estar com saudades?
E que graça teria a vida se você não risse na cara do diabo todos os dias mostrando pra ele que Deus existe e que a prova disso é você estar vivo até hoje?
Apenas viva e não se arrependa de muita coisa, se não gostam do teu jeito, é por que não gostam de ti!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Terra dos grandes!


Essa vida desgraçada na qual só os grandes vencem.
    ( sem lutar )
Esse mundo amaldiçoado, onde crianças morrem
e espíritos dominam mentes.
Olhos vermelhos, dedos amarelos.
Pessoas que julgam, pessoas que amam.
A terra dos grandes, de gente patética e egoísta.

Químicas malditas que satisfazem e destroem.
Olhos ocultos estão sempre a me observar, vozes me chamam ao gritar.
O medo já não é mais meu inimigo.
Não canso de olhar o teu semblante bonito.
Já o meu rosto tão esnobe, eles me olham, cospem.
Talvez vejam em mim a desvantagem de estar só.

A crueldade do saber e a vontade de morrer.
Mas até a morte não me quer ainda...
E só a vida me acolhe no seu auge infeliz.


Escrito: 00/09/2003

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sentir amor. Amar!


Amar é tão singelo.
Amar é um duelo de razão, emoção, cabeça e coração.
Amar é tão simplesmente complicado, é tão facilmente extirpável.
Amar é brilhantemente escuro quando não se é bem tratado.
Amar é tão fácil conjugar, mas tão difícil ouvir conjugarem.
É como um porém, como um "mas", como um viver com e sem.
É estar e não ser, é ser e não perceber, é permanecer e não ficar.
É olhar pra dentro e vê flores, torturar-se com as dores que promovem de fora pra dentro, de dentro pra fora.
É suspender-se a tão alto nível, e com apenas um pequeno tropeço, desabar na hora, em poucos segundos, sem um socorro em baixo, um trampolim que te faça voltar do mesmo jeito, pro mesmo lugar.
Se voltas, nada nunca estará lá, sempre terá algo mudado, um móvel, um abaju, um coração, um pensamento, um dizer.
Um novo ser.
Amar é tão inutilmente necessário.
É tão frágil, tão lindo, tão feio se não amado como se deve amar.
Tão fraco se não alimentado de romantismos e doçuras, travessuras.
Tão normal, se como predador e vítima.
Tão ridículo se como platéia e palhaço. Onde um se esforça para ver seu sorriso, e o outro apenas rir na sua cara, não ter nada a oferecer, se levanta, bate palma, e vai embora.
Amar não é ser compatível.
Amar é um gostoso delírio.
Amar é loucura, fissura.
Amar é perder-se ao encontrar.
Amar é dizer ao se calar.
Amar é se dar, aceitar.
Amar é pedir aos deuses, que se possa matar de amor, que se possa morrer de amar.

sábado, 19 de novembro de 2011

Amor Extirpado.

Nem por todas as horas passadas, nem com o tempo inundado de tempo, nem com o dilúvio e o vento, nem com a mesmice do teu amor, nem com as falhas terríveis que cometestes, com as cartas que não lestes. Nem mesmo com os olhos fechados pra mim, nem com a boca aberta, recheada de xingamentos, tormentos, paixão, nem com o medo doentio de te dizer não. Nem com a impossibilidade de junção de nossos corações. Nem com a farpa entranhada em meus dedos, aquelas daquela cerca de madeira facilmente destrutível que você ergueu, e que eu insisti em ultrapassar, me machucando, me arranhando, me rasgando inteira por ti.
Nem com todos os males, mares, ondas, correntezas e ventanias, luz acesa. Nem com o relógio parado, com o vidro quebrado, e o amor extirpado.
Até se com os olhos vendados eu tivesse que atirar na sorte, ver o corte, que tua faca fio afiado cortou, minha servidão.
Nem com a cabeça erguida, ou no chão, nem com o trato dos amores, filme de horrores, frios ardores, tristes semblantes, cabelos dançantes, ao vento do norte, ao sopro forte que você assoprava em minha nuca, arrepiava.

Nem com as rimas das canções, a explosão dos refrões, nem com tudo o que me lembra você, nem com tudo o que não me deixa te esquecer.
Nem com a tua boca na minha, teus dedos em mim, tua voz macia, nem assim, nem assim, eu seria de novo aquela fraca senhorita.

Poesia.

Poesia é o que se pensa
Poesia é a palavra densa
Poesia é tudo aquilo que se vê
Poesia é ler
Poesia é tudo que se faz
Poesia é o que te leva
O que te tráz
Poesia é o que sobe
É o que desce
Poesia é o que te move
Deixa leve
Poesia é o corrimão
Poesia é o refrão
Poesia é a alma livre
Poesia é um deslize
Poesia é a prova de tudo
O cinema mudo
Poesia é falar
Também gritar, recitar.
Poesia é a palavra breve
Poesia, mexe
Poesia é dizer
Poesia é viver
Poesia é a vida, a deriva.
Poesia é te ver, nos ver
sobressaltar o sofrimento
em andamento.
Romantismo em movimento, lento.
Poesia é abstrair.
Poesia é isso e aquilo.
Enfim!

Tempestade interior.






E todos os desejos, e todas a sobras dos beijos, e todas as horas desperdiçadas ao teu lado.

E os dias nublados, que em silêncio te abracei, vendo o início de uma tempestade, a prévia da saudade e de todos os males que a atua ausência me trás. 

E quantas vezes eu chorei arrependida, pensando na vida, na tua vida, na minha, na vida que poderíamos ter levado juntos, absurdo, eu realmente pensei nisso. 

E quantas milhas até chegar onde estou, quantas noites choradas, quanto tempo trancafiada em um quarto, arrematando as costuras, emendas do meu coração, rasgado em pedaços por tua mão. 

E me diga, ou melhor, não me diga nada. Quanta coisa quis dizer e não fui permitida, quantas frases bonitas pronunciei em teu nome, mesmo que a mim elas nunca tenham sido ditas. 

Quantos olhares de amor rejeitastes, quantas promessas de amor quebrastes? 

Quantas míseras vezes me disse "eu te amo". E quantas mentiras munidas de sonhos, quantos perversos "nãos", cruéis verdades, falta de sanidade. 

Uma batida na porta, duas, três, nenhuma sequer atendi, e em quantas vezes arrependido você dizer, que não vive sem mim, em todas essas vezes, a porta não se abrirá para ti.


Pois a quem não quis dar amor, amor não quer mais te dar!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O amante!

E eis que surge algo que definitivamente tomou meus pensamentos,
repentinamente roubou minha visão, cegou-me aos fatos, tomou-me no ato.
Eis que brilha os olhos ao entender tal imagem, sim, pois pra entendê-la não basta só vê-la. Soma a mim tal sentimento, eleva-me assim, em movimento. Tira-me  o peso do corpo, deita-se comigo ao ar livre, elevados ao um nível de atração edificante.
Controlados pelo desejo esquecem do mundo, não contendo-se as mãos, os braços, os abraços, o corpo se entrelaça, a voz se cala. Suspiros, delírios.
Amam-se desesperadamente, como uma forma de aproveitar todo o pouco tempo que têm, todo o romance que vem, mas que durará um curto período, mas ficará marcado na lembrança gostosa de uma mente amante.